“Mix Engineers” Favoritos: Assinaturas que formam a sua assinatura

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Todo mundo molda sua personalidade ao longo da vida baseado na convivência ou referência de outras pessoas que passam pelo seu caminho. Na vida profissional não é diferente.

Desde o começo você tenta tocar como seu músico favorito, produzir como seu produtor favorito, mixar como seu mixador favorito, simplesmente porque eles produzem o que você considera muito perto da perfeição em termos de gosto e você automaticamente quer “chegar lá” também.

E é graças a essa “busca” por chegar nos mesmos resultados que seus “ídolos” que você vai moldando a sua personalidade profissional; da tentativa e erro de chegar o mais perto possível do resultado que eles conseguiram, nasce justamente uma identidade sua; da vontade de chegar o mais próximo possível da “assinatura estética” deles que você acaba desenvolvendo a sua própria “assinatura”.

Mas o que vem a ser uma “assinatura” na música, ou mais precisamente na mixagem e outros processos do audio? Bom, basicamente se dermos uma mesma sessão para dois mixadores diferentes, os resultados sairão completamente distintos. Por quê? Porque um gosta mais de explorar os elementos num estéreo bem aberto, hard-panning; o outro prefere que as coisas estejam mais “próximas” na figura visual do espectro; um gosta que as coisas soem mais concisas, mais comprimidas e “na cara” o tempo todo; o outro prefere que a música tenha um pouco menos de “punch” o tempo todo, mas que se pareça mais com uma banda de verdade tocando, por vezes bem forte e por vezes de forma mais sutil. Isso, exatamente isso é a “Assinatura” que estamos falando.

A grande sacada como mixador é você conseguir atingir um meio termo onde o som original e as características da banda sejam preservadas e ao mesmo tempo, a coloração e distribuição dos elementos daquela mixagem, automaticamente remetam ao ouvinte o seu trabalho. Difícil? Pois é…na minha opinião, esse encontro dos dois mundos é o ponto ideal a se chegar em um trabalho e consequentemente permear sua carreira profissional.

Meus técnicos de mixagem favoritos são basicamente dois, e eles tem muito em comum…são eles Chris Lord-Alge e seu “mestre” Bob Clearmountain. Vamos começar pelo mestre e depois falamos do “pupilo”.

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Bob Clearmountain é um produtor muito conhecido nos EUA, e mais ainda por seu trabalho como técnico de mixagem de grandes discos da década de 80 e 90. Tem como característica principal um balanço quase que “perfeito” entre “punch” (principalmente bateria e suas caixas estrondosas) e a sutileza de distribuir brilhantemente layers e layers de elementos de forma que é possível ouvir ou mesmo sentir tudo com extrema clareza.
Clearmountain ficou bastante conhecido após mixar o disco “Reckless” do canadense Bryan Adams, músico com o qual trabalharia em diversos discos posteriores e alcançaria invejáveis números em vendas. A lista de clientes passa por nomes como The Rolling Stones, Bon Jovi, Bruce Springsteen, David Bowie, Chic, entre muitos outros.

E é justamente por causa do disco citado que vamos ao próximo “ídolo” desse que vos escreve: Chris Lord-Alge

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Quem acompanha a carreira de CLA, através de suas entrevistas já ouviu o mesmo falar da importância que o disco “Reckless” e o trabalho de Bob Clearmountain tiveram em sua formação como técnico de mixagem. CLA constantemente atribui a Clearmountain a “culpa” por querer fazer da mixagem sua arte principal.
Este tem como característica principal quase que um “abuso” da compressão, porém de forma extremamente musical, o que intriga praticamente toda a classe de profissionais do audio. Suas mixagens conseguem manter o punch e clareza através tanto de monitores hiper-sofisticados quanto no fone do seu iPhone. Arrisco dizer que a “assinatura de mix” mais facilmente reconhecível nos dias de hoje seja a dele.
Sua lista de clientes passeia por nomes como Green Day (seus grandes parceiros de Grammys), Alanis Morissette, Joe Cocker, Rise Against (ouça o disco Appeal to Reason e saiba do que estou falando), Eric Clapton, Deftones, Tina Turner, entre muitos outros.

Alguns outros nomes que compõem a minha lista de influências em mixagem são Andy Wallace, Dave pensado, Tom Lord-Alge, Brendan O’Brien, Mark Trombino, só para citar alguns. E você, quais suas principais influências na sua área?

1 Comment

  1. Meu favorito atualmente é o Jason Livermore e da vida, Andy Wallace. Outros caras que eu amo é o John Agnello, Kurt Ballow e Dave Friedman, que conseguem fazer tudo sujo e claro ao mesmo tempo.

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